segunda-feira, 29 de novembro de 2010



A indústria das histórias em quadrinhos sempre teve uma forte ligação com o contexto social e político do mundo. E através de um de seus segmentos é que cumpriu mais significativamente o papel de voz da população que deseja justiça: o dos super-heróis. Há décadas eles são uma das mais discretas e subjetivas ferramentas de crítica social, política e espiritual. Representando um retrato metafórico da sociedade mundial. Os super-heróis também possuem cunho social na função de auxílio à educação de crianças e adolescentes desde a década de 1930.
Porém esta função social desvaneceu-se com o passar do tempo, dando lugar ao entretenimento.
Batman, este foi um dos primeiros a se afirmar no patamar dos mais cultuados dos
quadrinhos, além de ter sido um dos propulsores da produtora de HQ’s mundialmente conhecida DC Comics e ter desenvolvido o papel de carro-chefe para a imensa popularidade desta no setor. Hoje, Batman movimenta centenas de milhões de dólares anualmente com sua imagem, através de quadrinhos, brinquedos, filmes, games, vestuário infanto-juvenil, programas de televisão, entre outros produtos. Também é tido como referencial estilístico para temas envolvendo obscuridade e “justiça com as próprias mãos”.
Antes cabe compreender os significados simbólicos aos quais a figura do morcego está relacionada no Ocidente, afim de percebermos, em parte, o conceito ransmitido pela figura do personagem.
 
Segundo Bruce-Mitford (Miranda, em The Illustrated Book of Signs and  Symbols), o morcego é considerado um animal sujo, ligado à morte, às trevas e ao diabo. Relaciona-se ao mito dos vampiros, terríveis criaturas imortais sugadoras de
sangue e capazes de se transformarem no animal. É um dos maiores comedores de insetos do mundo, sendo para a natureza um agente no controle das pragas, assim como o Batman é para a cidade um agente contra o crime.
Maio de 1939: Na primeira aparição de Batman, na revista em quadrinhos Detective Comics n°27, publicada nos Estados Unidos, ele é apresentado ao público vestindo um uniforme sombrio. Bob Kane e Bill Finger, seus criadores, tiveram como referência na criação do personagem outros ícones da cultura pop da época, como o Zorro (visto em The Mark of Zorro, 1920) e o assassino que veste capa em The Bat Whispers, de 1930 (regravação do filme mudo The Bat, de 1926). Além do famoso detetive Sherlock Holmes, como referência para as habilidades investigativas do personagem.
Na arte dos quadrinhos da época, destacavam-se as cores vivas, primárias, geralmente chapadas e a uniformização no  tamanho dos quadrinhos e distância entre eles. As histórias faziam uso de muita narração, o que era comum na época.
A arte era primitiva, por apresentar de forma inocente visões de perspectiva e anatomia humana.
Outubro de 1939: Ocorrem as primeiras mudanças no uniforme do personagem, ainda sutis. As orelhas de sua máscara passam a ser direcionadas apenas para cima, dando um aspecto um pouco menos "diabólico".
1964: É adicionada uma elipse amarela ao símbolo do peito do Batman, para
evidenciá-lo. Este passa a ser mostrado com um desenho mais
definido (anteriormente ele não possuía um padrão, o símbolo chegou a apresentar
diversas formas diferentes). O uniforme permanece assim até os anos 90, variando
em detalhes, de acordo com o estilo de cada artista que o representou. As técnicas de colorização permanecem primitivas. Trabalhando com com poucas cores chapadas e primárias.

Assim como a sociedade muda com o passar dos anos, o visual de um personagem e a abordagem de suas histórias tendem a se adaptar. Esta é a fórmula para a sobrevivência de personagens tão velhos no mercado e tão atemporais. Também que exige-se de um personagem cujo objetivo é a sobrevivência através de décadas, a adaptação dos vários elementos que compõem sua imagem, tanto em forma de histórias em quadrinhos, como filmes, brinquedos, entre outras, através das décadas. E, através destas adaptações, os super-heróis permanecem no mercado, inspirando e moldando comportamentos de geração em geração.
Ainda mais se este personagem chama-se Batman - conhecido como "O Cavaleiro das Trevas".
Por Eder Santos


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pão abstrato e Portas

O tema do vídeo é tudo menos o que você é capaz de pensar, captar, raciocinar, intuir, mentalizar ou calcular sobre.
É a linha tênue entre o pão de queijo irreal e as portas que separam dois mundos separados pela união da unicidade dicotômica.
Com um clima de suspense, termina na maior ânsia de acontecer alguma coisa.
Sequenciado através de multiplas imagens de ângulos climáticos e intrigantes os espectadores criam a expectativa do que estão vendo, podendo acontecer no mesmo instante em que o que estão vendo se desenrola.
No instante em que a sequência inicia temos o início da trama que segue o ritmo ditado por cenas frias e apertadas dentro de corredores que suspendem os sentimentos criando um suspense melodramático que aterroriza e justifica a sensação de estar trancado em inúmeras portas sem ter a chave que abra alguma delas.

A complexidade inserida pelos autores, invade a inconsciência e a sensação atemporal sublocada em quadros paradoxos. O desprendimento paralelo entre o contexto e a sequência cria a desestrutura realítica.

A questão vai além do espaço explorado, além de corredores e portas, costurando as realidades paralelamente saturadas em uma composição insana e inóspita.

Por Renato Seabra, Eder Santos e Marco Tornnelly
Truman Revolution


E Trumam seguia correndo pela rua que era na verdade aquele estúdio maior, concorrente do Christoffer. Com seu desejo de ir até Fiji, Truman pegou o primeiro táxi que lhe apareceu e seguiu até Fiji, curiosamente sem precisar falar para o motorista, que vestia a camiseta “O Show de Truman Forever”. Eles chegam até o aeroporto e Truman desce do táxi, não percebendo que estava entrando no filme “O Terminal”, pessoas religiosas paravam Truman tal como acontecia em “Apertem os Cintos o Piloto Sumiu”, mas ele logo é protegido por Christoffer. Entrando no aeroporto, a atendente é a Tertuliana, que lhe diz que Fiji está na mesma situação do país Cracogia e o indica a ir de navio. De repente surge um táxi destruindo tudo e convida Truman para entrar imediatamente. E ele não se demora.


Em meio aos tiros derrotando personagens do Top Gang, Exterminador do Futuro e o Rambo, finalmente Truman, com o táxi, chega até o porto de navio e vai comprar o ticket. O navio estava para zarpar e se chamava Andrea Dória. Travis, motorista do Táxi, avisa Truman sobre isso e o aconselha a ir de submarino, que por acaso estava ali do lado, chamado Náutilus e comandando pelo capitão Nemo. Do navio, Tertuliana lhe acena para que ele vá com ela e Travis lhe aponta uma arma para que vá com o capitão Nemo. Será que ele vai ceder?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Truman Reloaded


Nossa história começa quando termina o filme. Ao passar pela porta pretendendo começar uma nova vida ele se encontra com seu verdadeiro amor Silvia. E ao se encontrar com ela, esta estava um pouco diferente em sua forma de falar, mas ele não se importou, pois estava tranqüilo por não mais nem poder ouvir a voz de Christoffer, como se houvesse rompido a comunicação.

Silvia já lhe diz que tem tudo pronto e que não precisa mais se preocupar. Arrumou um apartamento em um bairro nobre e emprego em uma boa empresa. Truman está feliz com tudo isso e acredita que pode começar outra vida.

Quando o Show de Truman termina com aqueles dois vigias buscando outro canal, eles encontram o canal concorrente, que é onde Truman está para viver novamente. E é o primeiro episódio, mas como este estúdio é maior, Truman irá encontrar personagens do Friends, Big Bang Theory, Two and a Half Man e tantos outros personagens ocupando toda a nova cidade, mas são todos dublês. Este novo diretor, deste novo show e canal, possui também mais ousadia, convocando para dirigir por cada período diretores como Stephen King, Lars Von Trier, Woody Allen e outros, para criar mais adrenalina e aumentar a audiência.

Christoffer, o diretor anterior, tenta buscar o Truman e avisá-lo de que ele entrou em outro mundo que é também produzido, ainda que ele, no final do primeiro filme, havia falado. Sendo assim, Christoffer passa também pela porta e tentará seguir Truman, avisá-lo disso e evitar que o roteiro de cada dia se complete.

Neste novo mundo, Truman é convidado para receber o Oscar por sua atuação no filme anterior, mas também é tudo falso e é essa a maior chance de Christoffer de provar que tudo é falso. No Oscar, Christoffer, diante de Truman que segura a estatueta, lhe diz “Truman, eu sou o seu pai.” que logo é convidado para receber Oscar de melhor diretor. Será que ele vai ceder?

(Texto produzido com base na matéria Redação e Hipertexto 2, tendo como base o filme "Show de Truman" e a necessidade de se criar um texto criativo. Parceria com Renato Seabra (conferir link).

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Debatendo Debord

Recentemente na faculdade assistimos o filme A Sociedade do Espetáculo e Guy Debord, apresentado pela professora Carol Goos da disciplina de Redação e Hipertexto que propôs nas aulas seguintes um breve debate sobre as abordagens do filme. Segue abaixo uma conclusão minha sobre o filme e o debate.
Não pude mudar muito minha forma de entender o filme após os debates em sala, notei que as pessoas estavam mais interessadas em ter argumentos para opinar sobre a forma que Guy Debord abordou e colocou, de forma errada e pessoal (segundo a opinião de alguns no debate), em sua obra do que tentando entender a proposta do autor. É verdade que o filme é “pesado”, “sujo” e difícil de entender ainda mais se o espectador não está lá muito “a-fim”.
Em “A Sociedade do Espetáculo” de Guy Debord , vemos um filme formado com uma sucessão de imagens em que o autor trabalha de forma livre e forte as questões da sociedade atuante e como ela está vivendo.” Foi desta forma que abri meu relatório entregue e quero destacar esta parte: “...autor trabalha de forma livre e forte...” Ele trabalha livre como qualquer artista deve trabalhar e se um artista não puder expressar sua forma de pensar enterre-o vivo! Pois ele está morto literalmente!
Abaixo o restante na integra do meu relatório apresentado:
“Ao que parece o autor não quer ter razão ou está criticando algum regime político, mas sim apontando ao ser que vive nesta sociedade as mazelas que pela forma em que vive  acaba por não perceber e que por serem pequenas não recebem a atenção necessária para uma possível modificação. Eis a celebre frase “São as pequenas coisas que valem mais”.
Querer dar ou não razão a Guy Debord é como dizer que o poeta, o músico ou o artista tem razão ou não em criar uma obra, eles não criam suas obras para ter razão e sim para poder expressar-se e ser um denunciador perante a sociedade. O autor apenas se utiliza da polêmica para fomentar nos espectadores sensações que os tirem de seu estado de conforto e questionem a sua sociedade e qual a sua parcela de culpa nisso tudo.
Algumas vezes ele parece contradizer-se e se analisarmos a fundo suas palavras perceberemos uma ironia aliada à forma filosófica de expor uma situação que é atemporal, já que o que acontecia naquela época acontece até hoje em maior e menor escala. Somos testemunhas e algozes em comportamento e postura perante a Sociedade do Espetáculo.
Se trocarmos todas as imagens do filme por simplesmente pessoas, ele seria entendido da mesma forma, pois não é a publicidade que é mentirosa, o rico que só pensa em dinheiro ou as pessoas que só querem estatus, o fato é que não é a sociedade que é assim, somos nós é que somos assim! Cada um! Eu! Você! Eles! Nós! É a junção destas palavras que forma a palavra Sociedade.”
Durante o debate levantaram muitas discussões, opiniões e palavras, mas as que mais resumem o debate foram as palavras do Rodrigo Grillo:
“As pessoas que dizem que a propaganda é manipuladora e mentirosa possuem os produtos das grandes marcas tais como: Apple, Nike, roupas de “marca”, entre outras coisas”.
Então acredito que não devemos discutir o Debord, mas nossa forma de agir perante a sociedade e questionar-nos o que estamos fazendo para melhorar o ambiente no qual estamos inseridos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

POR QUE A LUZ ELÉTRICA ATRAI INSETOS VOADORES?


Mariposas em particular - e insetos noturnos em geral - se orientam pela luz do luar. Quando saem para buscar alimento, eles sabem que têm de voar em uma certa direção com relação à Lua, para poder retornar a seu hábitat sem se perder. 
Como a Lua está muito longe, a distância que o inseto percorre é suficientemente pequena para que seu ângulo em relação a ela não mude durante o trajeto. Mas qualquer fonte luminosa localizada na Terra, por ser mais intensa e estar mais próxima que a Lua, acaba confundindo as pobres criaturas voadoras. Isso acontece porque aproximar-se ou afastar-se da fonte luminosa faz o ângulo em relação a ela variar bastante. "Para tentar mantê-lo constante, como costuma fazer quando está se orientando pela posição da Lua, o inseto procura corrigir sua rota de vôo a certos intervalos. Por isso, segue voando em espirais cada vez menores até colidir com a fonte", afirma a entomologista Francisca Carolina do Val.

“Opa! Perai o que esta parte de biologia tem haver com Design?”

A resposta é tudo!

Em minhas postagens anteriores tentei fazer você caro leitor entender que o Design ou o Designer é muito do que uma simples imagem ou fazer um site bonito ou um filme com boa história.

Como no texto de abertura podemos dizer que a área de atuação do designer é vasta como o espaço que os insetos têm para voar e em sua maioria os que atuam na área “voam” buscando quase sempre a mesma fonte iluminada, ou seja, fazer algo bonito visualmente e bem resolvido esteticamente, mas sem conceito algum e muitas vezes sem ter muito haver com a proposta do tema.
Se você sabe voar em uma certa direção em relação a Lua, quer dizer que você sabe usar as ferramentas (PhotoShop, Illustrator, Corel e outros programas), isso não quer dizer que você pode retornar a seu hábitat sem se perder, dominar programas e aparelhos é totalmente diferente de saber como conduzir bem uma jornada (projeto). É ai que podemos dizer que qualquer fonte luminosa localizada na Terra, por ser mais intensa e estar mais próxima que a Lua, acaba confundindo as pobres criaturas voadoras. Isso acontece porque aproximar-se ou afastar-se da fonte luminosa faz o ângulo em relação a ela variar bastante. Como assim?
 
Corrija sua rota em certos intervalos analisando a dosagem de cada elemento e ferramentas utilizados na confecção da sua jornada, por que ás vezes o brilho da Lua pode fazer com que você se perca e acabe voando em espiral e choque-se com a fonte.
Entenda que quanto mais informação possuir mais eficiente você será na hora de realizar um novo projeto, afinal se os insetos noturnos tivessem a informação que as luzes artificiais não são a Lua eles não morreriam tentando voltar para casa.
Texto inicial fonte: Revista Mundo Estranho
Ilustrações: Eder Santos

segunda-feira, 24 de maio de 2010


Designer tipo exportação! Viabilizando sua criatividade...
Não é de hoje que volta e meia aparece algum brasileiro balançando as estruturas do mundo com alguma idéia e isso é muito bom não só para o mercado brasileiro, mas como também para a mão de obra tupiniquim. Em todas as áreas o brasileiro é muito respeitado e requisitado principalmente pela sua criatividade.
E infelizmente na área de marketing e distribuição do seu próprio produto e mão de obra o Brasil fica muito atrás de qualquer país, é claro que temos algumas variáveis a ponderar, mas a pergunta é quantas boas ideias brasileiras morrem na gaveta porque não se tem dinheiro para fabricar, nem alguém para distribuir? Pois é essa lacuna que a empresa Brazilian Designers está querendo preencher.
“Como assim? Eu já tinha pensado nisso!” – É meu amigo, mas como dissemos logo acima, algumas idéias morrem na gaveta por falta de grana e isso com certeza os caras possuem, pois quem está por trás disso são as empresas Meninos (para melhor conhecer edição 30 da abcDesign, e dos produtos muito bacanas que eles fazem) e Urban Importadora (única responsável por importar produtos de umas “marquinhas” como Fred, Leitmov, Kikkerland, etc…). Ambas as empresas seguem suas atividades normalmente, mas agora também trabalham com a marca Br.D (Brazilian Designers).
Funciona assim: eles recebem ideias e projetos de produtos de todo o Brasil, que passam por uma curadoria interna que vão avaliar critérios como originalidade, inovação, custos, comercialização, etc. Aqueles como melhor potencial de mercado farão parte do catálogo da empresa, indo para linha de produção. O designer responsável ganha royalties e sua assinatura no produto.
A proposta pode não ser original, mas a não existência de algo dessa natureza é que torna a iniciativa muito respeitável, segundo Bruno Warchasvki, a procura por design brasileiro é grande e não existe nenhum catálogo brasileiro nas feiras de gift com produtos na linha das marcas importadas pela Urban. “O design brasileiro é muito criativo, e os produtos que selecionamos e fizemos uma prévia para distribuidoras internacionais já lhes interessaram”, ou seja, um belo mercado em potencial!
O objetivo é comercializar o brilhantismo do designer brasileiro lá fora e os espaços da Brazilian Designers já estão garantidos em feiras de Frankfurt e Hong Kong e a pretensão é vender aqui no Brasil também e serão lançados dois catálogos por ano.
Ah! Gostou da brincadeira? Quer participar, não é? Então faz o seguinte, os produtos procurados são acessórios para a casa criativos, divertidos (você pode ver aqui o que eles procuram aqui: http://www.braziliandesigners.com/#MERCADO%20INTERNACIONAL). Não tem que ser nada com tecnologia muito avançada nem de proporções homéricas. Para enviar seu trabalho não tem segredo, basta mandar no melhor formato que você tiver. O negócio é convencer que sua ideia é bacana e vendável e para isso: “Noi é brasileiro, rapá! Usa a criatividade!!”
Agora deixa de reclamar que não tem capital para tirar sua “Monalisa” do papel e comece a correr atrás dos caras, é a fome com a vontade de comer, você quer produzir uma idéia e a Bazilian Designers quer bancar, simples não é?